Ninguém perguntou
Mais vezes que eu:
Será que se foi?
Será que morreu?
Às vezes eu penso
Que é tarde demais,
Que o tempo acabou,
Que já tanto faz.
Mas como saber
Se é vivo ou cadáver?
Se ainda é precioso
Ou se é descartável?
Melhor, como sempre,
É não perguntar
E cada minuto
Sorrir e cantar.