Chegou a hora, amigos, de acabar,
Uma vez que o alarme já soou,
Com toda a pretensão de ser alguém
Diferente daquele que eu já sou.
Nos ombros trago décadas de dores
Que a pena não valeram com certeza;
A esta altura do jogo eu me levanto
E deixo as velhas cartas sobre a mesa.
Quem sabe? Quem se importa? Onde se viu
Querer o mundo conquistar ousado,
Quando dentro de si reina o tumulto,
Quando o peito de medo está tomado?
Não precisa ser gênio para ver
Que é melhor rejeitar a fantasia
Abraçar o que vier despreocupado
E encarar a beleza de um só dia.